terça-feira, 22 de abril de 2014

BEREN RAGNAR

BEREN RAGNAR

                                   Beren Ragnar é um humano filho de dois camponeses, Anahel e Agla. De descendência nobre, Agla teve de renunciar todas as suas heranças para poder viver um amor verdadeiro com Anahel, e por conta disso, o campo se tornou a única oportunidade.
                                   Quando criança, Beren foi privado de poder ter estudo, por que vivia em uma época, que nobres e clérigos podiam ter acesso à escola. Então, assim como os pais, se voltara para o campo, sendo um cooperador exímio dos pais, ajudando a cuidar dos irmãos menores, Bill e Bart, quando este ainda era pequeno. Ao crescer, começou a tomar o lugar da mãe na lavoura, permitindo que ela passe apenas a cuidar da casa.
                                   Na lavoura, acordava cedo todos os dias, para juntamente com o pai, trabalharem até o anoitecer, garantindo o sustento da casa. Beren fazia isso, por que sabia que a família precisava dele.
                                   Certo dia, Beren foi à cidade vender a colheita, que por sinal, fora farta, e ao chegar na redondeza da cidade, sentira, além da neblina costumeira, um clima estranho no ar. Passando pelos portões da cidade, sente que intensifica a sensação, e além do olhar  desconfiado dos cidadãos locais, percebe que a cidade está estranha. Uma voz lhe diz que algo não está bem, sentindo que até mesmo a cidade está em perigo!
                                   Ao chegar próximo ao local de comércio, se depara com o clérigo local, Gaspar, e resolve conversar com ele. Beren lhe fala o que sentiu e ouviu, e o clérigo, percebendo verdade nos olhos do nosso jovem camponês, resolve ser verdadeiro com ele também, e lhe explica:
                                   “Meu caro, isto não é intuição. Isso é dom divino que os deuses concederam à você. O que está acontecendo é que Kaal-Za-Ban está próximo. Esse necromante estava preso nas montanhas do norte, sob a proteção dos monges, mas devido ao seu conhecimento e sua perspicácia, não conseguiram manter a segurança da nossa vila, deixando com que ele escapasse anos atrás. Acreditávamos que ele, enfraquecido, teria aprendido a lição, e não voltaria a nos atormentar”.
                                   O jovem, sem saber do que se trata, logo começa a questionar Gaspar, e este, sem nenhum impasse, logo lhe conta:
                                   “Kaal-Za-Ban é um necromante, que há muito tempo atrás, tentou destruir nossa vila. Ele veio, com uma horda de mortos-vivos sobre nós, nos pegando desprevenidos. A batalha ficou conhecida como a Guerra do Dragão de Ossos, por que na ocasião, um Dragão Esqueleto dizimou várias famílias, e a nossa próspera cidade foi levada ao chão. Vivíamos tempos prósperos, mas por causa desse Necromante, hoje os tempos são de miséria e fome”.
                                   O camponês, curioso como era, ficou querendo saber mais sobre o que acontecera, e naquele dia o clérigo terminou de lhe contar:
                                    Naquela guerra, muitas pessoas morreram. Viúvas e órfãos aumentaram significativamente, e a cidade estava de luto. Heróis ocupavam o campo de batalha com seus corpos e espadas no chão. Anões, uma raça que veio de tão longe, deram suas vidas numa batalha que não eram suas, formando uma aliança para a vida toda. Elfos foram feitos de escravos por Kaal-Za-Ban, e irmãos tivera, que matar irmãos, filhos tiveram que matar os pais (...). A destruição foi ferozmente companheira daquela cidade naquele dia. As vidas, nunca mais foram as mesmas, permitindo com que a morte naquele dia dormisse tranquila, por que fizera um bom serviço“.
                                   Após ouvir estórias como essas Beren decidiu, heroicamente, tomar alguma atitude. Decidiu que não seria mais um, mas faria algo para evitar que a dor e a destruição se alastrassem novamente. Convicto de que Heironeous havia estabelecido um propósito para ele, decidira ingressar na Ordem dos Paladinos. Logo cruzou com Sir Amitiel, um paladino muito popular. Ao olhar para sua armadura reluzente, uma marreta na mão e uma espada longa na bainha, se voluntariou!
                                   Não tinha outra opção, não via outro caminho: um guerreiro que decide fazer justiça, destruindo o mal e permitindo que o bem prevaleça. Havia encontrado o seu propósito, e logo ingressara na Ordem dos Paladinos.
                                   Lá dentro, o treinamento fora exaustante. Havia dias, que não sabia se conseguiria; outros, a saudade dos familiares batiam forte; mas na maioria das vezes, era recompensante o treinamento, o Código de Conduta ensinado, a coragem instigada e o aprendizado, de um modo geral. Passaram se muitos anos treinando lá, tendo seu caráter forjado, seu espirito afiado, fazendo com que seja uma pessoa de confiança, boa e que pratica o bem.

                                   Em sua primeira viagem, ele é mandado para uma pequena cidade, próxima a Greywood, e a única informação que tem, é que lá tem um monge, que pode lhe ajudar. 

CHABAAL

CHABAAL



 Chabaal nasceu em uma vila próxima ao que hoje equivale ao Tibet.
Como é costume nesta região, nasceu em uma família pobre e para sobreviver tinha que fazer pequenos furtos em feiras.
Aos 5 anos de idade foi pego em um destes furtos e foi sentenciado a ter as mãos cortadas. A caminho da praça, onde eram realizadas as sentenças, seu caminho se cruzou com o de um monge poderoso chamado Tai-Chi. Este monge foi tocado em seu coração, e sentiu que aquele garoto possui um caminho a trilhar e viu nele um toque divino.
O monge pagou a dívida que aquele garoto havia adquirido ao tentar roubar, e tomou para si a responsabilidade de educar aquele garoto.
Como o monge era bastante conhecido e respeitado, o acordo foi feito, e o garoto se tornou mais um aprendiz do monastério.
O garoto não teve tempo de se despedir de sua família, não teve tempo de buscar nem mesmo suas roupas em casa, ele agora era propriedade daquele monge, porém não se sentia tão mal, pois graças a ele ainda possuía suas duas mãos.
O monastério ficava no pico das montanhas, onde era quase impossível o ascesso para pessoas sem o mínimo de treinamento e uma boa resistência, além do clima que era gelado deveriam passar por florestas escuras e tenebrosas ate chegaram aos pés da montanha e começarem a escalar. Da cidade até o templo eram no mínimo 3 dias, e durante a viagem entre o monge e o garoto eles tiveram poucas conversas, o silêncio reinava entre eles.
Ao chegarem à porta do templo, o garoto estava exausto e com um pouco de medo. Passaram por dois monges que guardavam os portões e observou que estes cumprimentaram Tai-Chi com grande respeito. Ao  entrar ele conseguiu sentir que a paz e a disciplina eram muito fortes naquele local. O garoto foi treinado em diversas artes-marciais como é costume de monastérios, foi ensinado sobre religião, meditação e ensinamentos sagrados para que sua paz fosse alcançada e, sobretudo foi ensinado sobre lealdade e bondade que são à base de todo monge, sem isso ele seria apenas mais uma força maligna a caminhar sobre a face da terra.
Chabaal cresceu, se tornou um adulto e decidiu que deveria cumprir o caminho que seu mestre viu para ele no dia em que ia ter suas mãos cortadas. Se sentia preparado para algo a mais, sentia que estava pronto a pagar sua dívida com seu mestre e sobretudo pagar sua dívida com o mundo, pois Deus havia lhe dado uma segunda chance algo que é extremamente raro por aqueles lados.
Chabaal se despediu de todos no monastério e sobre a benção de seu mestre foi batizado como Daishanin, o que era equivalente como um guerreiro sagrado ou representante da justiça e da liberdade aos cativos, considerada a patente mais alta daquele monastério.