BEREN RAGNAR

Quando
criança, Beren foi privado de poder ter estudo, por que vivia em uma época, que
nobres e clérigos podiam ter acesso à escola. Então, assim como os pais, se
voltara para o campo, sendo um cooperador exímio dos pais, ajudando a cuidar
dos irmãos menores, Bill e Bart, quando este ainda era pequeno. Ao crescer,
começou a tomar o lugar da mãe na lavoura, permitindo que ela passe apenas a
cuidar da casa.
Na lavoura,
acordava cedo todos os dias, para juntamente com o pai, trabalharem até o
anoitecer, garantindo o sustento da casa. Beren fazia isso, por que sabia que a
família precisava dele.
Certo dia,
Beren foi à cidade vender a colheita, que por sinal, fora farta, e ao chegar na
redondeza da cidade, sentira, além da neblina costumeira, um clima estranho no
ar. Passando pelos portões da cidade, sente que intensifica a sensação, e além
do olhar desconfiado dos cidadãos
locais, percebe que a cidade está estranha. Uma voz lhe diz que algo não está
bem, sentindo que até mesmo a cidade está em perigo!
Ao chegar
próximo ao local de comércio, se depara com o clérigo local, Gaspar, e resolve
conversar com ele. Beren lhe fala o que sentiu e ouviu, e o clérigo, percebendo
verdade nos olhos do nosso jovem camponês, resolve ser verdadeiro com ele
também, e lhe explica:
“Meu caro, isto não é intuição.
Isso é dom divino que os deuses concederam à você. O que está acontecendo é que
Kaal-Za-Ban está próximo. Esse necromante estava preso nas montanhas do norte,
sob a proteção dos monges, mas devido ao seu conhecimento e sua perspicácia, não
conseguiram manter a segurança da nossa vila, deixando com que ele escapasse
anos atrás. Acreditávamos que ele, enfraquecido, teria aprendido a lição, e não
voltaria a nos atormentar”.
O
jovem, sem saber do que se trata, logo começa a questionar Gaspar, e este, sem
nenhum impasse, logo lhe conta:
“Kaal-Za-Ban é um necromante, que
há muito tempo atrás, tentou destruir nossa vila. Ele veio, com uma horda de
mortos-vivos sobre nós, nos pegando desprevenidos. A batalha ficou conhecida
como a Guerra do Dragão de Ossos, por que na ocasião, um Dragão Esqueleto
dizimou várias famílias, e a nossa próspera cidade foi levada ao chão. Vivíamos
tempos prósperos, mas por causa desse Necromante, hoje os tempos são de miséria
e fome”.
O
camponês, curioso como era, ficou querendo saber mais sobre o que acontecera, e
naquele dia o clérigo terminou de lhe contar:
“Naquela guerra, muitas pessoas
morreram. Viúvas e órfãos aumentaram significativamente, e a cidade estava de
luto. Heróis ocupavam o campo de batalha com seus corpos e espadas no chão.
Anões, uma raça que veio de tão longe, deram suas vidas numa batalha que não
eram suas, formando uma aliança para a vida toda. Elfos foram feitos de
escravos por Kaal-Za-Ban, e irmãos tivera, que matar irmãos, filhos tiveram que
matar os pais (...). A destruição foi ferozmente companheira daquela cidade
naquele dia. As vidas, nunca mais foram as mesmas, permitindo com que a morte
naquele dia dormisse tranquila, por que fizera um bom serviço“.
Após ouvir
estórias como essas Beren decidiu, heroicamente, tomar alguma atitude. Decidiu
que não seria mais um, mas faria algo para evitar que a dor e a destruição se
alastrassem novamente. Convicto de que Heironeous havia estabelecido um
propósito para ele, decidira ingressar na Ordem dos Paladinos. Logo cruzou com
Sir Amitiel, um paladino muito popular. Ao olhar para sua armadura reluzente,
uma marreta na mão e uma espada longa na bainha, se voluntariou!
Não tinha
outra opção, não via outro caminho: um guerreiro que decide fazer justiça,
destruindo o mal e permitindo que o bem prevaleça. Havia encontrado o seu
propósito, e logo ingressara na Ordem dos Paladinos.
Lá dentro, o
treinamento fora exaustante. Havia dias, que não sabia se conseguiria; outros,
a saudade dos familiares batiam forte; mas na maioria das vezes, era
recompensante o treinamento, o Código de Conduta ensinado, a coragem instigada
e o aprendizado, de um modo geral. Passaram se muitos anos treinando lá, tendo
seu caráter forjado, seu espirito afiado, fazendo com que seja uma pessoa de
confiança, boa e que pratica o bem.
Em sua
primeira viagem, ele é mandado para uma pequena cidade, próxima a Greywood, e a
única informação que tem, é que lá tem um monge, que pode lhe ajudar.