CHABAAL

Como é costume nesta região,
nasceu em uma família pobre e para sobreviver tinha que fazer pequenos furtos
em feiras.
Aos 5 anos de
idade foi pego em um destes furtos e foi sentenciado a ter as mãos cortadas. A
caminho da praça, onde eram realizadas as sentenças, seu caminho se cruzou com
o de um monge poderoso chamado Tai-Chi. Este monge foi tocado em seu coração, e
sentiu que aquele garoto possui um caminho a trilhar e viu nele um toque divino.
O monge pagou
a dívida que aquele garoto havia adquirido ao tentar roubar, e tomou para si a
responsabilidade de educar aquele garoto.
Como o monge era bastante
conhecido e respeitado, o acordo foi feito, e o garoto se tornou mais um aprendiz
do monastério.
O garoto não
teve tempo de se despedir de sua família, não teve tempo de buscar nem mesmo
suas roupas em casa, ele agora era propriedade daquele monge, porém não se
sentia tão mal, pois graças a ele ainda possuía suas duas mãos.
O monastério
ficava no pico das montanhas, onde era quase impossível o ascesso para pessoas
sem o mínimo de treinamento e uma boa resistência, além do clima que era gelado
deveriam passar por florestas escuras e tenebrosas ate chegaram aos pés da
montanha e começarem a escalar. Da cidade até o templo eram no mínimo 3 dias, e
durante a viagem entre o monge e o garoto eles tiveram poucas conversas, o
silêncio reinava entre eles.
Ao chegarem à
porta do templo, o garoto estava exausto e com um pouco de medo. Passaram por
dois monges que guardavam os portões e observou que estes cumprimentaram
Tai-Chi com grande respeito. Ao entrar
ele conseguiu sentir que a paz e a disciplina eram muito fortes naquele local.
O garoto foi treinado em diversas artes-marciais como é costume de monastérios,
foi ensinado sobre religião, meditação e ensinamentos sagrados para que sua paz
fosse alcançada e, sobretudo foi ensinado sobre lealdade e bondade que são à
base de todo monge, sem isso ele seria apenas mais uma força maligna a caminhar
sobre a face da terra.
Chabaal
cresceu, se tornou um adulto e decidiu que deveria cumprir o caminho que seu
mestre viu para ele no dia em que ia ter suas mãos cortadas. Se sentia
preparado para algo a mais, sentia que estava pronto a pagar sua dívida com seu
mestre e sobretudo pagar sua dívida com o mundo, pois Deus havia lhe dado uma
segunda chance algo que é extremamente raro por aqueles lados.
Chabaal se
despediu de todos no monastério e sobre a benção de seu mestre foi batizado
como Daishanin, o que era equivalente como um guerreiro sagrado ou
representante da justiça e da liberdade aos cativos, considerada a patente mais
alta daquele monastério.
Nenhum comentário:
Postar um comentário