Sessão 20/11/2020 – Campanha caminho dos humildes
Acordei no templo, após a luz
sagrada de Pelor interceder por minha alma que residia entre os vivos e os
mortos.
Ilmater disse em meus sonhos que
ainda não era hora de partir, que o mundo ainda precisava de mim e após sonhos
lúcidos em busca do pequeno Nigg, acordo.
Não tinha recordações vividas do
que aconteceu, fora alguns flashbacks de que um gigante empunhando um tronco,
correndo para o meu rumo e no fim, tudo se tornou trevas.
Acordo preocupado de que talvez
pudesse ser um dos poucos sobreviventes, mas fico feliz ao perceber que todos
nós voltamos inteiros, embora com o ego ferido por termos tombado em combate e
fico sabendo que a heroica Dani, salvou a todos nós.
Vou até o restante do grupo, a
paladina no templo, e o anão novamente na taberna, mas não conseguimos
encontrar o goblin, visto que os moradores da cidade ainda temem o pequenino
verde.
Após algumas horas de procura o
encontramos na saída da cidade.
Percebi que eu precisava ampliar
meus horizontes, para as necessidades do grupo, e peço aos aldeões por uma rede
que não tem mais uso, para que eu possa guardar as coisas que o grupo possa vir
a precisar.
Com nossos corpos e egos agora
recuperados, voltamos então a caverna que outrora quase causou o óbito de todos
os meus companheiros, visto que temíamos pela vida dos pobres aldeões.
Jack, o bondoso, inicialmente
roga para que procuremos ajuda em outra cidade, mas visto que não tínhamos tempo,
ele toma a dianteira e tenta ir na frente para evitar armadilhas vís que as
criaturas da caverna poderiam colocar, mas infelizmente os mecanismos são mais
avançados do que nosso sobre especialista está acostumado a lidar, e em um
momento, o pobre anão quase vem a óbito, caindo em um alçapão, resultando em
fraturas quase letais.
Deito-me na beirada, apoiando com
meus pés e dou as mãos para que o pobre Jack retorne, já que o buraco é mais de
3 vezes a sua altura.
Assim que vejo que ele está
seguro o arremesso, para que o devoto de Pelor, o grande Rômulus, possa aliviar
o sofrimento de sua perna fraturada.
Jack, vendo que sua lesão se foi,
volta a vanguarda do grupo, desbravando toda e qualquer armadilha, até que uma
outra armadilha avançada, quase o leva novamente para o alçapão, mas por intermédio
de sua agilidade, o veloz anão, evita a queda que provavelmente, poderia lhe
ser letal.
Ao vermos que o alçapão de mais
de 3 metros estava a nossa frente, me preocupo e resolvo ir a frente segurando
a corda, para que o grupo possa, com a segurança de Ilmater, passar por este
fosse mortal, no entanto, Horthak, ao tentar me acompanhar, pisa em falso no
escuro e cai na vala.
Olho para o fosso e vejo que ele
está coberto por uma substância estranha, e que lentamente sua pele está se
dissolvendo, sem pensar duas vezes, pulo enquanto seguro a corda, combinando
com Dani a grande paladina, para que nos puxasse de volta a segurança.
No entanto, por curiosidade do
destino, e por um mistério que até o momento ainda não compreendo, fico
paralisado ao chegar em nosso amigo que estava em apuros, infelizmente, não
tive forças para ajudá-lo e não obstante, fui um peso para Dani, que teve de me
içar sozinho.
Fiquei no chão deitado, me
sentindo insignificante frente a minha fraqueza, enquanto Jack, Rômulus e Dani,
tentavam desesperadamente remover aquele ser corrosivo de nosso companheiro
Horthak.
Sinto vergonha em dizer, que não
fui de ajuda, mas que percebi minhas fraquezas e que irei usá-las para me
tornar o escudo que defenderá toda a bondade que ainda existe neste mundo.
Meus companheiros, após este
embate de vida e morte, ficaram sem seus equipamentos, armas e armaduras, tudo corroído
pela misteriosa criatura, mas não podíamos desistir, a vila contava com nossa ajuda.
Avançamos bravamente, até que o Jack,
nos pede para parar, e diz em tom amedrontado, que haviam muitos goblins
armados com arcos, e então se inicia aquele tumulto de goblins urrando e
gritando, acredito eu, estavam dizendo algo em sua língua nativa, e Jack tenta
falar com ambos em uma língua ainda mais estranha, e como se era de imaginar,
nenhum dos lados conseguiu comunicar com o outro, e logo as hostilidades se
iniciaram.
Eu vendo que era necessário uma
linha de defesa e apoio para que não caíssem mais na vala, pulo para o outro
lado enquanto seguro a corda, Dani, vendo que se fazia necessário, se torna o
escudo para defender a todos das flechas, providenciando uma passagem segura.
Rômulus, utilizando de sua fé,
realiza um salto perfeito, ignorando todo o peso de sua armadura pesada.
Horthak pula sem nenhuma
dificuldade de volta, e Jack, por sorte com a corda, consegue atravessar,
seguido pelo nosso escudo defensor, Dani.
Vendo que nossos companheiros não
poderiam correr em velocidades maiores, fico para trás, tentando no escuro,
evitar as flechas que poderiam resultar no fim de nossa aventura.
10, 20, 30, 40, 50... não sei quantas flechas foram
disparadas, nem quantas quebrei enquanto me defendia, senti alguns
formigamentos e percebo que algumas passaram perto de meu pescoço, mas Ilmater
me protege, nada me ferirá mortalmente enquanto estiver no caminho da luz.
Sai aos trapos, novamente meus
companheiros feridos e exaustos, mas vivos...
E para continuar, precisaríamos
nos reequipar e descansar...
No outro dia, com a frustração em
seu ápice, reunimos o que sobrou de nossa força de vontade, e nos preparamos
para retornar àquela temível caverna.
Jack utilizando de sua capacidade
em fazer armas, arruma todos os equipamentos que outrora foram destruídos e os
fornece com a graça de Nor-Moradin, Dani, devota de uma divindade justa, não
gostou muito de ouvir isto, mas aceitou, acredito eu que o pobre Jack não
compreende bem os conflitos entre as divindades, para aqueles que pertencem as
igrejas.
Jack após esta empreita, foi
tentar convencer Nigg, a ser um braço a mais no combate, mas Nigg, queria
muitas moedas...
O que este anão andou ensinando
para este pobrezinho verde?
Converso com Nigg, acordando com Dani
a possibilidade de um passe permissivo para o pobre goblin poder viver próximo
a cidade e transitar sem ser agredido, em troca de sua habilidade linguística,
para entender o que os goblins estavam falando e nos ajudar a compreender a
natureza destes pequenos humanoides.
Ao chegar na caverna, Jack ateia
fogo em algumas ervas na caverna e o ambiente se enche de fumaça, mas visto que
este era o ponto mais alto, a fumaça não entra para dentro da caverna, nos
obrigando a apagar e aguardar até que pudéssemos entrar em segurança.
Caminhamos por entre cavernas,
encontrando algumas ossadas humanoides, até que começamos a ouvir os urros e
gritos dos goblins.
Dani, se posiciona a frente com
seu grande escudo, nos protegendo das setas e flechas das pequenas criaturas,
enquanto conversávamos com os pequeninos verdes...
O que resultou na informação de
que estávamos invadindo o lugar errado e quase cometemos um crime gravíssimo
contra estes pequenos habitantes de cavernas.
Um erro imperdoável, é verdade.
Causada unicamente pela incapacidade de comunicação entre
ambos os lados.
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