PARTE
1 – O INÍCIO
SESSÃO
(DIA14-03-14)
Era mais um dia em Greenwood, que
por sinal, estava lindo. A primavera sempre presenteava os moradores dessa vila
com dias agradáveis. Na estalagem, um misterioso guerreiro bem armadurado, com
uma espada longa havia chegado na noite anterior, deixando o dono da estalagem
intrigado. Havia um gnomo, na taverna que ficava no andar debaixo da estalagem,
seduzindo a bela ajudante do barman, que se encantara com suas habilidades com
as mãos na noite anterior, quando tocou tão bem, que o dono da estalagem
pretendia contratá-lo por um ano todo, ao preço de 300 peças de ouro. Um anão
logo cedo, já tomava sua cerveja, em uma caneca de 1,5 l, onde bebia ele, sua
barba e o seu pescoço. Um monge ajudava lá nos fundos, o dono da estalagem,
carregando várias caixas de verduras, frutas e cereais, a troco de algumas
peças de prata. Não passou despercebidas as cicatrizes no corpo do monge. Havia
também, um feiticeiro dormindo, provavelmente de tanta cerveja tomada na noite
anterior, mas que mesmo assim, causava arrepios nos cidadãos mais inocentes
daquela região.
Mas o mais estranho era a presença
de 04 cavaleiros, vestidos com túnicas longas e capuz, de aparência
conservadora. Seus rostos não eram vistos, suas vozes eram apenas sussurros e
entre eles, a conversa era restrita. Aparentavam ser de grande força e poder, e
os mais desconfiados não tiraram os olhos deles.
Foi nesse contexto que dois homens entraram
na taverna. Cada um carregava um arco e uma aljava cheia de flechas, e
aparentavam ter andado a noite toda. Logo se sentaram junto ao guerreiro bem
armadurado e perceberam que ele era um paladino.
-
Bom dia!
-
Bom dia, senhores! – respondeu o paladino.
-
Precisamos de ajuda! Nossa vila foi destruída, e acreditamos ser os
sobreviventes de lá! – disse um deles.
-
De onde vocês vêm? – O paladino, assustado, pergunta.
-
Nossa vila se chamava Greywood, e lá vivíamos da caça, mas em paz com todas as
raças. Talvez, os elfos não gostassem muito de nós, mas nunca tivemos problemas
reais com eles.
-
E quem foi capaz de tamanha crueldade, e também força, ao destruir uma vila
toda?
-Nossa
vila não era tão grande, mas éramos suficientemente forte, a ponto de
sobrevivermos por décadas. Porém, um líder de orcs chamado Caolho comandou o ataque, não permitindo que sobrevivesse ninguém para contar
a história. Somos acaso do destino.
Nesse momento, o paladino sabia
que alguma atitude devia ser tomada. E rapidamente, olhando ao seu redor,
percebeu que um grupo de aventureiros poderia ser formado a partir dali, onde
cada um poderia exercer uma função heroica no grupo.
O paladino, mesmo sem saber o nome
dos dois homens, sentira que eles diziam a verdade, e que ajuda-los seria o mais
correto. Foi de imediato, conversar com o bardo, pois acreditava que ele
pertencia àquela região:
-
Bom dia, senhor!
O bardo olha
para cima, vendo que alguém interrompe seus planos com a bela donzela, e num
tom seco, responde:
-
Bom dia!
- Estou com um problema, e gostaria
da sua ajuda.
- Diga, e vou ver se posso ajudar.
- Aqueles dois homens - aponta para os
homens de Greywood – tiveram sua vila
destruída por um orc. Eles acreditam que quem comandou o ataque se chama Caolho, e ele não deva parar por aí! Um orc astuto e sagaz como esse não é
aconselhável deixar ele tramar seus planos maléficos.
-
E o que você quer comigo? – responde o homenzinho, se interessando na
história, mas não se esquecendo da mulher.
- Gostaria que me ajudasse a ir atrás desse orc, permitindo que justiça
seja feito.
- Tenho uns problemas pessoais a
resolver, então faça dessa forma: Se
você conseguir um número grande de pessoas, eu estou dentro! Até lá, não me interesso.
Quando ele
começou a sair, o bardo deu uma olhada de canto de olho, e disse a ele:
-
A propósito, me chamo Maelus Garrick.
Achando que
o bardo fora um pouco ríspido, o paladino resolveu conversar com o anão:
-
Bom dia!
- Bom dia! –
disse o anão, quando terminara de tomar o quinto copo de cerveja, e estava
limpando sua barba.
-
Posso me sentar?
- Fique à vontade.
- A princípio de conversa, qual o
seu nome, e de onde vem?
- Me chamo Borodûr Thuff e venho das
Montanhas do Norte.
- Preciso de ajuda, e com certeza um
anão vindo das Montanhas do Norte é de grande valia para mim. Aqueles dois
homens – nesse momento, aponta para os dois homens de
Greywood – tiveram suas vilas destruídas
por um orc chamado Caolho.
Nesse
momento, o anão, envermelhado diz:
-
Malditos orcs! Ainda conhecerão a lamina do meu machado, e sentirão a fúria de
um anão! Grrrr!
-
Então, posso contar com sua ajuda?
- Onde estiver ouro, cerveja,
cabeças de orcs, pode contar comigo!
Satisfeito,
ele sai, na tentativa de falar com o monge:
-
Olá!
- Bom dia!
- É um prazer conhece-lo, e estou
com um problema. Será que poderia me ajudar?
- Pode falar.
-
Aqueles dois homens – como se fosse um ritual, aponta
novamente para os homens de Greywood – tiveram
sua vila destruída por um orc chamado Caolho, acredito que devemos ir atrás, para fazer
justiça.
-
Pode contar comigo.
Vendo ao seu redor, ele
contabilizou: um paladino, um anão, dois rangers, um monge, um bardo,
provavelmente, ele acreditou que devia conversar com o feiticeiro, mas a bebida
ainda fazia efeito sobre ele, portanto, seria um pouco complicado conversar com
ele. Foi nesse momento que chegara um homem, com vestes reais, provavelmente a
serviço do prefeito, colocando um cartaz, no mural de recompensas. Assim que
ele terminara de pregar, o grupo ia se aproximando para ler, até que uma adaga
rapidamente cruza a taverna, e crava bem no meio do cartaz. Todos, não sabiam
se viam o cartaz, ou quem atirou a adaga:
“Os
lobos tem atormentado a vida dos camponeses da cidade! O prefeito decidira que
não aceitará mais, e irá recompensar com 50 peças de ouro todo homem, mulher,
criança ou velho que trazer uma cabeça de lobo para ele."
Ao terminar de ler, uma figura
pequena pulou em direção ao cartaz, para tentar pegar a adaga. Não conseguiu, e
fez uma nova tentativa, falhando novamente. O paladino, então, desencravou a
adaga da madeira e entregou ao pequeno, já lhe perguntando:
- Qual o seu nome?
-
Eu sou Tarfen Kallur.
-
Gostaria de se juntar a nós, Tarfen? Estamos indo atrás de um orc chamado Caolho que destruiu a vila daqueles
homens – adivinha o que que o paladino fez, ao dizer
isso? -.
-
Gostaria, se possível, de me juntar ao grupo sim! Mas antes, acho que seria
melhor para nós, matar alguns lobos, conseguir peças de ouro, e depois irmos
atrás deles, não?
-
Acho que essa será a decisão mais sábia a ser tomada!
– disse o monge, integrando a conversa.
Decidiram então, que essa seria a
melhor decisão, e quando iam informar os
dois homens, viram que um estava dando um tapa na cara do feiticeiro para
acordá-lo, enquanto o outro, arrotava na cara de uma elfa que dormira na
estalagem e tomava seu café da manhã.
Viram
que aquela atitude foi estúpida e arrogante, e a maioria do grupo decidiu que
eles não fariam parte mais. Expulsos, partiram em direção aos campos ermos,
para poderem usar suas exímias habilidades nos lobos que atormentavam os
camponeses daquela região. O feiticeiro foi logo atrás deles, seguindo-os
cautelosamente, a fim de que eles não o vissem. Os dois homens não sabiam, mas
o feiticeiro sofria de insônia, e quando acordado, tomava atitudes um tanto
estranha.
Portanto, o grupo formado por Chabaal Daishanin – o monge -, Borodûr
Thuff – o anão -, Beren Ragnar –
o paladino -, Tarfen Kallur – o
ladino -, Maelus Garrick – o bardo.
Assim começou a jornada de um grupo de nobres aventureiros.