RELATO DE UNS DOS 13 MANTOS
Às margens de
uma floresta, no meio de um pequeno acampamento com treze indivíduos
peculiares. Um deles sentado vendo o sol se por, começa a refletir:
- Um fim de tarde com o sol se
pondo no horizonte, raios de luzes vindos dele aquecem a minha pele... Hum...
Uma floresta com árvores gigantescas que criam sombras frias e singelas,
plantas com flores que exalavam um perfume conhecido, isso me traz lembranças,
não sei de onde e nem de quando, não consigo me lembrar ao certo... Sons de
animais cantando, vida em abundancia, riachos correntes com águas cristalinas e
pacientes seguindo seu caminho e emitindo sons tranqüilos sem medo do tempo e
do espaço... Tempo, uma palavra que hoje não tem mais definição para minha
existência... Quem sou? O que fiz? Por que ainda respiro mesmo depois de tudo
que aconteceu? Só sei que meus antepassados vieram de uma floresta, e hoje
creio que ainda vivo pra pagar todo mal que fiz a eles no passado... Minha
vida, meu castigo, meu carma... Faço o que tem que ser feito pra me manter bem.
E vocês meros mortais! Carregados de uma pura inocência seguida da ignorância
por falta de sabedoria, hoje vocês tem sorte, pois vivo meu legado junto a mais
doze iguais ou piores que eu... Chega a ser engraçado, lobos protegendo ovelhas
de outros lobos... Até onde isso me levará?
Ele olha para
baixo, vê sua espada e seu arco:
- Companheiros de muitos séculos,
objetos que tiraram centenas de vidas inocentes, e hoje estão fadados ao bem...
Quem sabe um dia poderemos descansar meu velhos amigos...
Relato de um dos treze mantos a um curioso ouvinte.
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